O dólar ganhou força nesta quarta-feira, fechando a R$ 5,3274, um avanço de 0,91%. A alta reflete um movimento global de valorização da moeda americana, impulsionado por expectativas de que o Federal Reserve (Fed) adote uma postura menos agressiva no corte de juros. A cautela dos dirigentes do Fed, expressa em recentes declarações, levou investidores a revisarem suas posições, impactando negativamente as divisas de países emergentes, incluindo o real.
Embora o real tenha liderado os ganhos entre as moedas latino-americanas no acumulado do ano, o dia foi de desempenho inferior em relação aos seus pares regionais. Operadores do mercado apontam que o cenário externo desfavorável abriu espaço para ajustes e realização de lucros no mercado local. Vale lembrar que, no dia anterior, o dólar havia recuado 1,11%, fechando a R$ 5,27, impulsionado pelo otimismo em relação a uma possível melhora nas relações entre Brasil e EUA.
Em contraponto ao movimento do dólar, o Ibovespa desafiou as incertezas e fechou em novo patamar recorde. O índice da B3 oscilou dentro de uma margem estreita, refletindo a ausência de catalisadores significativos para os negócios. Apesar da leveza no giro financeiro, que totalizou R$ 18,4 bilhões, o Ibovespa conseguiu registrar um avanço marginal de 0,05%, atingindo 146.491,75 pontos.
“O Ibovespa demonstra resiliência, mantendo o nível inédito dos 146 mil pontos pelo segundo fechamento consecutivo”, comentou um analista de mercado. Na semana, o Ibovespa acumula um ganho de 0,43%, elevando o avanço mensal para 3,58% e o anual para 21,79%. O desempenho positivo do índice reflete a confiança dos investidores em determinados setores da economia brasileira, apesar das pressões externas.



