Articuladores próximos a Jair Bolsonaro já planejam as eleições de 2026, buscando um nome forte para a disputa presidencial. Em reunião recente, figuras como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e os senadores Rogério Marinho, Flávio Bolsonaro e Ciro Nogueira avaliaram o cenário sucessório. O encontro, reportado inicialmente pelo R7, sinaliza uma movimentação precoce no campo da direita.
Inicialmente, o nome de Tarcísio de Freitas foi colocado à mesa como possível candidato. No entanto, o governador paulista se mostrou reticente em assumir compromissos, preferindo adiar a discussão para depois de janeiro do próximo ano. Segundo interlocutores presentes, essa cautela indica que Tarcísio ainda não estaria totalmente engajado em uma possível candidatura ao Palácio do Planalto.
Diante da hesitação de Tarcísio, o senador Flávio Bolsonaro propôs que o grupo concentrasse esforços na articulação política para garantir a anistia de seu pai. A sugestão, entretanto, despertou um novo cenário: a possibilidade de o próprio Flávio ser o nome a receber o apoio de Jair Bolsonaro na corrida presidencial. A ideia ganhou força entre parte do núcleo bolsonarista.
Apesar da crescente especulação, o ex-presidente Bolsonaro demonstra reservas quanto a uma candidatura do filho. Ele teme que a exposição inerente à campanha presidencial possa gerar riscos políticos para Flávio, inclusive a possibilidade de perda do mandato de senador em caso de derrota. No entanto, interlocutores próximos afirmam que Bolsonaro começa a considerar a hipótese de ter o “zero um” como seu representante em 2026 com mais naturalidade.
O debate interno no bolsonarismo revela a complexidade da sucessão e a busca por um nome capaz de unificar a base e enfrentar os desafios eleitorais que se aproximam. A cautela de Tarcísio e a ascensão de Flávio Bolsonaro como alternativa demonstram que o cenário político para 2026 ainda está em aberto e sujeito a novas reviravoltas.


