Disparada nos Preços da Energia Elétrica Impulsiona Busca por Energia Solar em Famílias Brasileiras

Diante do crescente aumento nas tarifas de energia elétrica, famílias brasileiras com contas de luz acima de R$ 600 mensais estão buscando na energia solar uma alternativa para reduzir seus gastos. Um levantamento recente da 77Sol, empresa especializada em soluções de energia solar, revela que 31% dos consumidores que investem em geração fotovoltaica se enquadram nessa faixa de consumo. A busca por economia e previsibilidade nos custos energéticos tem se tornado um fator crucial na decisão de migrar para a energia solar.

O estudo da 77Sol também aponta que 13% dos consumidores que adotaram a energia solar possuem contas entre R$ 720 e R$ 950, enquanto 11% apresentam faturas ainda mais elevadas, variando entre R$ 1.200 e R$ 1.800. Luca Milani, CEO da 77Sol, destaca que a facilidade de acesso ao crédito e a perspectiva de retorno financeiro a médio prazo são fatores determinantes para essa adesão. A energia solar, antes vista como um luxo, agora se consolida como uma estratégia financeira inteligente para famílias e empresas.

“Hoje, ela está no centro das decisões financeiras das famílias brasileiras, especialmente da classe média, que vê na tecnologia uma forma de reduzir gastos e garantir previsibilidade”, afirma Milani. Além das residências, pequenos e médios empresários também têm investido em painéis solares para conter os custos operacionais de seus negócios.

O levantamento da 77Sol revela que o investimento médio em um sistema fotovoltaico é de aproximadamente R$ 12 mil para kits de 8 kWp, incluindo módulos, inversores e estruturas de fixação. O valor final pode variar dependendo dos equipamentos escolhidos, das opções de financiamento e das características específicas de cada projeto. O Mato Grosso do Sul se destaca como o estado com o maior número de projetos concluídos, impulsionado pelo agronegócio e pela indústria, enquanto o Pará se sobressai em áreas remotas devido à busca por autonomia energética. São Paulo, por sua vez, continua sendo o maior mercado consumidor, com forte presença nos setores residencial e comercial.

O estudo também aponta para um crescente interesse em baterias solares, que permitem armazenar energia para uso posterior, e em carregadores veiculares, impulsionado pelo aumento da frota de carros elétricos no país. A busca por soluções mais completas e integradas, como os inversores híbridos, que facilitam a integração entre sistemas conectados à rede e baterias, demonstra um consumidor mais informado e estratégico. Segundo Milani, “Já não se trata apenas de instalar painéis, mas de adotar um consumo mais inteligente. É um movimento que acelera a transição energética no país”.