Deputado defende rigor igual para corruptos e criminosos: ‘Para corrupto, forca’

Em sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, o deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL), relator do colegiado, expressou sua opinião sobre a recente megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes. O parlamentar elogiou a ação das forças de segurança e defendeu que o combate à corrupção deve ser tão rigoroso quanto o enfrentamento ao crime organizado.

Gaspar criticou o que considera uma desigualdade no tratamento de diferentes tipos de crime no Brasil. “Bandido que não respeita a polícia, é chumbo mesmo”, afirmou, defendendo a aplicação da mesma severidade contra corruptos, que, segundo ele, muitas vezes contam com proteção jurídica. “Eu tenho pena da polícia não ter a mesma autorização para fazer isso nos corruptos com poder… Esse Brasil não pode continuar dividido dessa forma”, declarou.

Ainda segundo o deputado, a população anseia por “justiça igualitária”, o que implica em punições mais duras para crimes de corrupção. “O povo quer justiça igualitária. Ou seja, para corrupto, forca. Para corrupto, o mesmo tratamento de bandido perigoso”, enfatizou.

A declaração do deputado ocorreu durante a oitiva de Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), que está sendo investigada pela CPMI. A entidade é suspeita de realizar descontos indevidos em aposentadorias de milhares de segurados do INSS, movimentando um total de R$ 221 milhões com as cobranças.