Dengue e Chikungunya Drenam R$ 1,2 Bilhão do SUS em 10 Anos

O Sistema Único de Saúde (SUS) enfrenta um elevado custo financeiro devido à persistência da dengue e da chikungunya no Brasil. Um levantamento recente aponta que, entre 2015 e 2024, o tratamento dessas arboviroses consumiu R$ 1,2 bilhão dos cofres públicos. O impacto financeiro reflete a severidade e a extensão das doenças no país.

O cálculo desse montante considerou hospitalizações, óbitos e anos de vida perdidos em decorrência das doenças. No período analisado, foram registrados mais de 1,1 milhão de casos de chikungunya, com cerca de 2% necessitando de internação hospitalar. A dengue, por sua vez, atingiu a marca de 13,7 milhões de casos, resultando em aproximadamente 500 mil internações.

Os dados do painel de arboviroses do Ministério da Saúde também revelam um cenário preocupante para 2025. Entre janeiro e agosto, o país já contabiliza 1,5 milhão de casos prováveis de dengue, com mais de 1.600 óbitos confirmados e centenas ainda sob investigação. A chikungunya, no mesmo período, soma 120 mil casos prováveis e 110 mortes.

Diante desse quadro, especialistas reforçam a importância das medidas preventivas para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor das duas doenças. “A eliminação de focos de água parada é fundamental para reduzir a incidência de dengue e chikungunya”, alerta um especialista em saúde pública. A limpeza regular de quintais e terrenos baldios continua sendo uma estratégia crucial para proteger a população.

A persistência dessas arboviroses e seus impactos financeiros e sociais exigem uma resposta coordenada e contínua. Investimentos em saneamento básico, campanhas de conscientização e o desenvolvimento de novas tecnologias de combate ao mosquito são essenciais para mitigar os efeitos da dengue e da chikungunya no Brasil.