A recente condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por 4 votos a 1, desencadeou uma onda de reações entre governadores que despontam como potenciais candidatos à Presidência em 2026. A decisão da Primeira Turma do STF, que considerou Bolsonaro culpado de cinco crimes, incluindo um de golpe de Estado, tem gerado intensos debates e acenos à base eleitoral do ex-presidente. A disputa pelo espólio eleitoral de Bolsonaro se intensifica, com presidenciáveis defendendo pautas como a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), expressou sua discordância com a condenação, alegando que ela fere o “princípio da presunção da inocência” e carece de provas. Em suas redes sociais, Tarcísio afirmou que o resultado do julgamento era esperado e que Bolsonaro seria vítima de “penas desproporcionais”, reiterando seu alinhamento ao bolsonarismo e criticando o STF. “A história se encarregarará de desmontar as narrativas e a justiça ainda prevalecerá. Força, presidente. Seguiremos ao seu lado”, declarou o governador.
Ratinho Jr. (PSD), governador do Paraná e também cotado para 2026, adotou um tom mais conciliatório, defendendo a “pacificação” política e criticando o que considera uma perseguição a Bolsonaro. “O Brasil precisa ser pacificado, e isso passa também pelo fortalecimento das nossas instituições, que devem atuar com equilíbrio e pautadas pelo Estado Democrático de Direito”, afirmou Ratinho Jr. Ele ainda acrescentou que o país precisa “virar a página do ódio” e expressou solidariedade a Bolsonaro e sua família.
Em Minas Gerais, o governador Romeu Zema (Novo) também se manifestou, questionando a decisão do STF. “Justiça ou Inquisição? A condenação de Bolsonaro pela Primeira Turma do STF acirra a divisão do país, e não é disso que precisamos”, publicou Zema em suas redes sociais. A condenação de Bolsonaro reacende o debate sobre a polarização política no país e seus impactos no cenário eleitoral futuro.
Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás, lamentou a condenação de Bolsonaro, alegando que o resultado já era “antecipado”. Caiado criticou o que considera cerceamento do direito de defesa do ex-presidente e defendeu que o julgamento ocorresse no plenário da Corte, onde todas as interpretações sobre o caso seriam debatidas. O governador reafirmou seu apoio à anistia dos condenados pelos atos de 8 de Janeiro, prometendo assiná-la caso seja eleito presidente.