A Cruz Vermelha Internacional entregou neste domingo os restos mortais de três reféns israelenses a Israel, vítimas dos ataques liderados pelo Hamas em 7 de outubro. O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu confirmou a repatriação, informando que os corpos foram levados para a Faixa de Gaza durante o início do conflito. A transferência dos restos mortais eleva a tensão já existente entre os governos.
Os caixões estão agora sob custódia do Exército israelense e do serviço de inteligência Shin Bet. Uma cerimônia militar de recepção está planejada antes que os restos mortais sejam encaminhados ao Instituto Nacional de Medicina Legal para identificação formal. A confirmação da entrega foi inicialmente divulgada pelas Forças de Defesa de Israel, aumentando a expectativa e o luto no país.
As Brigadas Ezzedin al-Qassam, braço armado do Hamas, reivindicaram a entrega dos corpos, referindo-se às vítimas como “três soldados israelenses capturados”. Segundo o grupo, os corpos foram encontrados em um túnel no sul de Gaza. Autoridades israelenses indicam que, com essa entrega, 17 dos 28 corpos que deveriam ter sido devolvidos desde o início da trégua já foram repatriados.
O Hamas alega que a busca pelos restos mortais é complexa devido à destruição generalizada na Faixa de Gaza, um território devastado por intensos conflitos. Os sucessivos atrasos na repatriação dos corpos têm gerado crescente irritação no governo israelense. A pressão sobre o grupo palestino para concluir as entregas pendentes aumenta à medida que as famílias das vítimas aguardam o retorno de seus entes queridos.
“Acreditamos que a busca por corpos em áreas devastadas é um desafio significativo”, declarou um porta-voz do Hamas, em comunicado. O governo israelense, no entanto, intensifica a cobrança por uma resolução rápida e completa, em meio a crescentes críticas internas sobre a condução das negociações e a priorização do retorno dos reféns falecidos.
