Crise na Venezuela: Oposição declara apoio à presença militar dos EUA no Caribe

A polarização política na Venezuela atinge novos patamares com a declaração de apoio da oposição à presença militar dos Estados Unidos no Mar do Caribe. Liderados por Edmundo González Urrutia e María Corina Machado, os opositores defendem a medida como forma de pressionar o governo de Nicolás Maduro e abrir caminho para a restauração da democracia no país.

Em comunicado oficial, os líderes da oposição justificaram o apoio, argumentando que o destacamento naval americano em águas internacionais próximas à Venezuela é “urgente para a restauração da democracia”. Eles alegam que a presença militar dos EUA é uma resposta necessária para combater o narcotráfico, uma das principais justificativas americanas para a operação na região, e acusam o regime de Maduro de ligações com o suposto cartel de drogas “Cartel de los Soles”.

O governo de Nicolás Maduro, por sua vez, reagiu com veemência, classificando a presença militar dos EUA como uma “agressão” e uma “ameaça” à soberania nacional. Em resposta, Maduro tem intensificado o treinamento e o armamento de civis, alegando a necessidade de preparar a população para uma possível invasão norte-americana.

A declaração de apoio da oposição venezuelana à presença militar estrangeira ocorre em um momento de crescente pressão diplomática e política sobre o governo chavista, intensificando o cenário de instabilidade no país. A situação permanece tensa, com ambos os lados elevando o tom e buscando apoio internacional para suas posições.

*Com informações de Eliseu Caetano