Crise Diplomática: Presidente Colombiano Gustavo Petro Exige Prisão de Trump por Apoio a Israel

A já tensa relação entre o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atingiu um novo patamar de beligerância. Em declarações contundentes durante uma reunião de gabinete, Petro acusou Trump de cumplicidade em genocídio e defendeu sua prisão caso continue a apoiar as ações de Israel na Faixa de Gaza. O pronunciamento foi feito em um ambiente carregado de simbolismo, com bandeiras da Palestina adornando o fundo da sala.

Petro foi além, criticando a postura de Washington em relação ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. “Se o Sr. Trump continuar sendo cúmplice de genocídio como é hoje, ele não merece nada além da prisão. E seu Exército não deveria obedecê-lo”, afirmou o presidente colombiano, questionando a omissão dos EUA em deter Netanyahu durante sua visita a Nova York, e acusando Trump de violar o Estatuto de Roma.

As declarações de Petro surgem em meio à apresentação de um “Plano de Paz para Gaza” por Trump, que inclui a libertação de reféns, a desmilitarização da Faixa de Gaza e a criação de um “Conselho da Paz” para governar o território provisoriamente. O plano, apresentado em um encontro com Netanyahu, parece ter acirrado ainda mais os ânimos.

A escalada da tensão entre os dois líderes se intensificou após a revogação do visto de Petro pelo Departamento de Estado americano, sob a acusação de incitar soldados norte-americanos à desobediência e violência em um protesto pró-Palestina em Nova York. Em resposta, Petro retaliou, afirmando que Trump estaria violando o direito internacional. “Trump está violando o direito internacional e não tem o direito de revogar o visto de ninguém que vá discursar nas Nações Unidas”, contra-atacou o presidente colombiano.