A Copa Airlines, empresa aérea panamenha, anunciou que continuará operando voos no espaço aéreo venezuelano, desafiando diretamente os alertas do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O republicano intensificou suas ameaças contra a Venezuela, aumentando as tensões entre os dois países, que já se encontram em um período delicado. A decisão da companhia aérea ocorre em meio a crescentes preocupações com a segurança na região.
Em comunicado oficial, a Copa Airlines garantiu que suas operações aéreas no espaço aéreo venezuelano permanecem ativas, com a companhia operando com cautela e vigilância elevadas, limitando os voos ao período diurno. A empresa enfatizou que está monitorando de perto a situação e seguindo as orientações das autoridades competentes.
“A Copa Airlines está em comunicação constante com a FAA (Administração Federal de Aviação), que reiterou que não alterou seu nível de alerta oficial nem sua posição regulatória”, afirmou a companhia. Apesar disso, a FAA emitiu um comunicado no dia 21, alertando sobre condições “potencialmente perigosas” para as operações aéreas na Venezuela, aumentando a apreensão no setor.
Apesar das ameaças de Trump, que chegou a declarar o fechamento total do espaço aéreo venezuelano, a Copa Airlines reiterou que suas atividades continuam operando normalmente até o momento. A companhia se comprometeu a comunicar imediatamente qualquer mudança na situação aos passageiros, recomendando que aqueles com voos marcados a partir de Caracas se mantenham informados através dos canais oficiais da empresa.
A reação venezuelana às declarações de Trump foi imediata. O Ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil Pinto, classificou as falas do republicano como uma “ameaça colonialista”, denunciando uma tentativa de minar a soberania do espaço aéreo venezuelano. Gil Pinto acusou os Estados Unidos de exercerem uma “jurisdição ilegítima” e de tentarem dar ordens e ameaçar a integridade do governo local.



