A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), sediada em Belém, injetou expectativa na economia local, com a chegada dos primeiros turistas internacionais. No entanto, nem todos os setores celebram o impacto financeiro esperado, especialmente as profissionais do sexo, conhecidas como ‘garotas do job’. A frustração se manifesta na baixa procura e nas exigências dos visitantes.
Profissionais da noite relatam ter investido em aulas de inglês para melhor atender aos estrangeiros, mas a procura por seus serviços permanece aquém do esperado. A conferência, que se estende de 10 a 21 de novembro, prometia aquecer diversos segmentos da economia, mas a realidade parece ser diferente para estas trabalhadoras.
“Mesmo sabendo falar inglês, eles insistem em pedir desconto”, desabafa uma das profissionais, ilustrando a dificuldade em obter a remuneração justa pelos seus serviços. Outra trabalhadora de uma casa noturna na Sacramenta compartilha da mesma frustração, mantendo, contudo, a esperança de que o movimento melhore nos próximos dias do evento.
Os estabelecimentos noturnos de Belém se preparam para receber o público internacional, investindo em cardápios traduzidos, música internacional e funcionários bilíngues. A expectativa é que o fluxo de estrangeiros aumente significativamente na segunda semana da COP30, com a chegada de autoridades e delegações de alto escalão.
Enquanto aguardam a intensificação do movimento, as profissionais do sexo de Belém esperam que a COP30 traga, além de discussões importantes sobre o futuro do planeta, uma melhora real em suas condições de trabalho e remuneração, reconhecendo o investimento que fizeram para atender aos visitantes estrangeiros.



