O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, respondeu enfaticamente às sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos, prometendo não se curvar às pressões externas. A medida, que inclui o presidente na Lista de Nacionais Especialmente Designados e Pessoas Bloqueadas do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), um braço do Departamento do Tesouro dos EUA, gerou forte reação em Bogotá.
As sanções, que também atingem a primeira-dama, Verônica del Socorro, o filho do presidente, Nicolas Petro, e o ministro do Interior, Armando Benedetti, proíbem qualquer transação financeira ou comercial com cidadãos ou empresas norte-americanas. A justificativa dos EUA para a imposição das sanções é o aumento do tráfico de drogas na Colômbia durante a gestão de Petro, baseando-se na Ordem Executiva 14059.
Em resposta, Petro utilizou as redes sociais para expressar sua indignação. “A ameaça de Bernie Moreno foi de fato cumprida; minha esposa, meus filhos e eu fomos incluídos na lista do OFAC… Combater o tráfico de drogas com eficácia por décadas me traz esta medida do governo da sociedade que tanto ajudamos a acabar com o uso de cocaína. Um grande paradoxo, mas nem um passo para trás e nunca de joelhos”, declarou o presidente.
A defesa de Petro ficará a cargo do advogado Dany Kovalik, dos Estados Unidos. A situação eleva a tensão entre Colômbia e EUA, gerando incertezas sobre o futuro das relações bilaterais e a cooperação no combate ao narcotráfico.
As sanções lembram as medidas aplicadas a brasileiros sob a Lei Magnitsky, indicando um endurecimento da postura dos EUA em relação a políticas consideradas problemáticas. O governo colombiano ainda não se pronunciou oficialmente sobre as possíveis repercussões das sanções nas relações comerciais entre os dois países.


