Cármen Lúcia Refuta Questionamentos Sobre o Sistema Eleitoral em Julgamento no STF

Em meio ao julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) da ação penal sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, a ministra Cármen Lúcia, também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), interveio enfaticamente para corrigir o advogado Paulo Cintra, defensor do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). A correção ocorreu após Cintra levantar dúvidas sobre a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro, durante a sessão desta terça-feira (2).

A discordância surgiu quando o advogado utilizou os termos “voto impresso” e “voto auditável” como se fossem sinônimos. Cármen Lúcia, de forma assertiva, esclareceu a distinção: “O processo eleitoral brasileiro é amplamente auditável. Ponto. Vossa senhoria sabe a distinção entre processo eleitoral auditável e voto impresso? Porque repetiu como se fosse sinônimo, e não é. O que se fez foi confundir a cabeça do brasileiro e da brasileira para colocar em xeque as urnas eletrônicas”, afirmou a ministra.

Cármen Lúcia enfatizou que o sistema eletrônico de votação, adotado no Brasil desde 1996, já foi concebido com rigorosos mecanismos de auditoria. “Uma coisa é a eleição com processo auditável, outra coisa é o voto impresso. Desde a criação do processo eletrônico, ele é auditável e passa por várias fases de conferência e validação”, explicou a ministra.

Para concluir, a ministra ressaltou a segurança do sistema eleitoral brasileiro, comprovada ao longo de quase três décadas de utilização. “O processo é perfeitamente seguro, como se comprova amplamente desde a introdução do voto eletrônico”, finalizou Cármen Lúcia.