Carlos Bolsonaro Questiona Condenação do Pai: ‘Injustiça Descabida’ em Julgamento por Tentativa de Golpe

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) criticou veementemente a condenação de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, por participação na tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023. A declaração foi feita após uma visita à Superintendência da Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (25), onde Jair Bolsonaro está detido. Carlos argumenta que o julgamento é injusto, uma vez que o ex-presidente estava fora do país na época dos eventos.

Segundo Carlos Bolsonaro, seu pai considera a condenação uma “injustiça descabida”. Ele reiterou que, no momento da invasão aos Três Poderes, Jair Bolsonaro não estava no Brasil. “Ele chorou na visita. Ele considera uma injustiça gigantesca, como eu também considero. Você vê, uma tentativa de golpe, onde ele não estava aqui”, afirmou o vereador, buscando minimizar a gravidade dos eventos.

O vereador tentou atenuar a situação ao afirmar que a tentativa de golpe “não existiu”, destacando que Bolsonaro já não estava no Brasil em janeiro. Ele mencionou ainda lives realizadas em novembro e dezembro com o objetivo de desmobilizar apoiadores. Carlos questionou a existência de uma minuta golpista, classificando a situação como um “circo armado”.

Flávio Bolsonaro também se manifestou, denunciando o que considera uma perseguição implacável a Jair Bolsonaro. Ele chegou a comparar o tratamento dado ao ex-presidente com o de traficantes de drogas, afirmando que “nunca vi nem um traficante de drogas ser tratado desse jeito”. A família Bolsonaro alega que há uma tentativa de desgastar o ex-presidente tanto psicologicamente quanto fisicamente.

Jair Bolsonaro está preso na sede da PF em Brasília desde sábado (22), após um incidente envolvendo sua tornozeleira eletrônica. Em setembro, foi condenado a mais de 27 anos de prisão por participação na trama golpista. Além de Carlos, Flávio Bolsonaro e Michelle Bolsonaro já visitaram o ex-presidente. Jair Renan tem visita agendada para os próximos dias, todos com autorização do ministro Alexandre de Moraes.