O Sistema Cantareira, crucial para o abastecimento de milhões de pessoas na Grande São Paulo, opera novamente em níveis críticos. A diminuição no volume de água armazenada não se resume apenas à escassez de chuvas; revela também deficiências na gestão preventiva desse recurso essencial.
Uma década após a grave crise hídrica de 2014, que impôs racionamento e secou torneiras, a metrópole paulista parece caminhar para um cenário similar. A ciência tem alertado para o aumento na frequência e intensidade das secas, mas as medidas preventivas ainda patinam.
Obras de interligação sofrem atrasos, o reuso da água avança lentamente, e políticas de redução de consumo só são acionadas em situações emergenciais. A ausência de investimentos consistentes transforma a segurança hídrica em uma aposta arriscada, em vez de um planejamento estratégico.
“A crise do Cantareira não é apenas paulista”, como destaca o texto original. Ela reflete uma realidade nacional, onde a água se torna um recurso cada vez mais disputado, pressionado pelas mudanças climáticas, urbanização desordenada e gestão inadequada.
Caso a situação persista, o Brasil corre o risco de enfrentar crises hídricas cíclicas e cada vez mais severas. O Cantareira serve como um sinal de alerta, evidenciando um problema sistêmico que exige soluções urgentes e coordenadas.
