Brasil se despede de Luis Fernando Verissimo: Ícone da literatura e do humor nacional

O Brasil perdeu neste sábado, aos 88 anos, um de seus mais brilhantes escritores e cronistas, Luis Fernando Verissimo. Autor de mais de 80 livros que abrangem romances, crônicas, contos e humor gráfico, Verissimo cativou gerações com sua escrita leve, irônica e, ao mesmo tempo, profundamente perspicaz. Sua influência transcendeu a literatura, marcando presença no jornalismo e na cultura do país.

A notícia de sua morte gerou uma onda de comoção em diversos setores da sociedade, com manifestações de pesar vindas de figuras políticas e artistas que reconheceram a importância de sua obra e seu impacto na cultura brasileira. Personalidades de diferentes áreas prestaram suas homenagens ao escritor, ressaltando sua genialidade e sua capacidade de retratar o cotidiano com humor e inteligência.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a perda de Verissimo, referindo-se a ele como “um dos maiores nomes de nossa literatura e nosso jornalismo”. Lula destacou a habilidade do escritor em utilizar a ironia como ferramenta de resistência contra a ditadura e o autoritarismo, além de sua firme defesa da democracia. “Eu e Janja deixamos o nosso carinho e solidariedade à viúva Lúcia Veríssimo – e a todos os seus familiares”, declarou o presidente.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, também expressou seu pesar, classificando Verissimo como uma referência essencial da cultura brasileira. “Seu olhar sobre a sociedade, a sensibilidade única de tratar com humor e inteligência os mais diversos temas e a paixão pelas palavras são legados que permanecerão vivos em nossos corações”, afirmou Castro em suas redes sociais.

O Ministério da Cultura se juntou às homenagens, exaltando a relevância da obra de Verissimo, que atravessou gerações e o consagrou como um dos autores mais lidos do país. Em nota oficial, o Ministério ressaltou sua marcante presença na imprensa nacional, onde comentava política, cultura e cotidiano com sagacidade. “Sua escrita acessível, refinada e divertida fez de Verissimo um dos maiores cronistas da história da literatura nacional”, concluiu a pasta.

Outros nomes de destaque, como o escritor e dramaturgo Walcyr Carrasco e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, também manifestaram seu luto. Carrasco ressaltou a genialidade de Verissimo em retratar a vida comum, enquanto Mendes lembrou a herança literária do autor e seus personagens inesquecíveis, como o Analista de Bagé e a Velhinha de Taubaté.