Brasil Reage a Tarifas Americanas: Alckmin Minimiza Impacto e Governo Busca Alternativas

O governo brasileiro intensificou suas ações em resposta às recentes tarifas impostas pelos Estados Unidos. Em evento do Partido dos Trabalhadores (PT), líderes governamentais, incluindo o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, debateram estratégias para mitigar os efeitos das tarifas. O governo considera as tarifas americanas injustificáveis, sobretudo porque os EUA mantêm superávit na balança comercial com o Brasil.

Alckmin minimizou o impacto das tarifas sobre o agronegócio, afirmando: “Comida, carne… Se eu não vendi lá, vou ter outros mercados. Não vai cair o mundo”. O governo tem buscado novos mercados internacionais e implementado medidas de apoio à indústria nacional. Entre as iniciativas, destacam-se a oferta de crédito subsidiado de R$ 30 bilhões e o programa Acredita Exportação.

Embora algumas negociações tenham resultado em exclusões parciais de produtos do tarifaço de 50%, com alíquota reduzida para 10%, setores como máquinas, calçados, café e carne ainda enfrentam dificuldades. A busca por novos mercados, incluindo o aguardado acordo Mercosul-União Europeia, que o governo espera assinar até o final do ano, é uma prioridade.

Haddad enfatizou a importância de manter a soberania nacional durante as negociações internacionais, sem renunciar às parcerias com os Estados Unidos. O ministro também adiantou que o foco do governo agora está no crédito ao trabalhador e no setor imobiliário, com medidas coordenadas entre o Ministério da Fazenda e o Banco Central.

Além das negociações em curso com os Estados Unidos, o governo brasileiro mira na diversificação de seus parceiros comerciais, explorando mercados como a Índia para expandir as exportações de café. A estratégia visa reduzir a dependência do mercado norte-americano e fortalecer a economia brasileira em um cenário global cada vez mais competitivo.