Brasil Lança Plano Ambicioso para Combater a Desertificação até 2045: Caatinga e Cerrado no Foco

O Brasil acaba de aprovar, por unanimidade, um novo Plano de Ação de Combate à Desertificação com validade de 2025 a 2045. A iniciativa ambiciosa busca mitigar os efeitos da degradação do solo e da escassez hídrica, flagelos que ameaçam especialmente os biomas da Caatinga e do Cerrado.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, mais de 13% do território nacional já apresenta sinais de desertificação. Essa situação crítica coloca em risco a segurança alimentar, a subsistência de comunidades rurais e a rica biodiversidade brasileira. O plano recém-aprovado surge como uma resposta a essa crescente ameaça.

O plano prevê ações concretas, como a restauração de áreas degradadas, o fortalecimento da segurança hídrica e a redução das vulnerabilidades sociais. A proposta está alinhada com a legislação nacional (Lei 13.153/2015) e com as diretrizes da Convenção da ONU sobre o tema, demonstrando o compromisso do país com a agenda global de combate à desertificação.

Além disso, a construção do plano se deu de forma participativa, envolvendo governos estaduais, a comunidade científica e povos tradicionais. Essa abordagem colaborativa é fundamental para garantir a efetividade das medidas e a adaptação às realidades locais, buscando soluções mais adequadas para cada contexto.

Contudo, especialistas alertam que a aprovação do plano é apenas o primeiro passo. “Sem financiamento contínuo, monitoramento eficaz e compromisso político”, afirmam, “há o risco de que o plano se torne apenas mais um documento simbólico”. O desafio crucial reside agora na implementação consistente das medidas propostas, traduzindo-as em benefícios tangíveis para as populações afetadas pela seca. Se bem-sucedido, o plano poderá marcar um ponto de virada para o semiárido brasileiro, preservando ecossistemas únicos, evitando migrações forçadas e promovendo justiça climática em uma das regiões mais vulneráveis do país.