Braga Netto, preso por trama golpista, alega problema dentário e pede autorização ao STF para exames

Walter Souza Braga Netto, ex-ministro e general da reserva, permanece como o único réu preso dentre os oito acusados de envolvimento na suposta conspiração para manter Jair Bolsonaro no poder. Detido desde dezembro de 2024 na Vila Militar do Comando da 1ª Divisão de Exército, no Rio de Janeiro, Braga Netto agora busca autorização judicial para realizar exames médicos.

O motivo do pedido é um incidente recente: a quebra de um dente durante sua permanência na prisão. Apesar de ter recebido atendimento emergencial de uma dentista na própria Vila Militar, a defesa do ex-ministro considera necessário um tratamento mais aprofundado. As circunstâncias exatas da quebra do dente não foram divulgadas pelo Exército.

Diante disso, a defesa de Braga Netto solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF), especificamente ao ministro Alexandre de Moraes, a permissão para que o réu deixe a prisão e realize exames complementares. Além do tratamento odontológico para a fratura na coroa do dente 31, a defesa busca um check-up completo.

“A defesa quer aproveitar essas saídas para ir ao dentista para tratar uma fratura na coroa do dente 31 […] para também fazer uma espécie de check-up em Braga Netto”, detalha o pedido, que inclui endoscopia, ecodoppler bidimensional, ressonância magnética e até infiltração e fisioterapia nos joelhos, todos agendados em organizações militares de saúde.

Alexandre de Moraes já recebeu a solicitação e determinou que o Exército forneça informações detalhadas sobre as datas, horários e locais dos procedimentos. A decisão sobre a autorização para a realização dos exames ainda está pendente. Braga Netto foi preso sob suspeita de obstruir as investigações, com base na delação de Cid, que o acusou de financiar acampamentos e um plano para atentar contra Moraes.