Walter Souza Braga Netto, ex-ministro e general da reserva, permanece como o único réu preso dentre os oito acusados de envolvimento na alegada trama golpista que visava a permanência de Jair Bolsonaro no poder. Sua defesa intensificou os esforços para obter sua libertação, apresentando um novo pedido à Justiça.
A estratégia da defesa foca na revogação da prisão preventiva, buscando alternativas como a aplicação de medidas cautelares. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, encaminhou o pedido à Procuradoria-Geral da República (PGR), que agora tem um prazo de cinco dias para se manifestar sobre a possibilidade de soltura do general.
A defesa argumenta que não existem justificativas válidas para manter Braga Netto sob uma medida cautelar mais severa do que a imposta aos demais acusados. “Não há absolutamente nenhuma razão idônea que embase um tratamento diverso ao general Braga Netto, evidenciando que a manutenção de uma medida cautelar mais severa a ele – a mais severa de todas – é inadmissível”, sustenta o documento.
Braga Netto está detido desde dezembro do ano passado, acusado de obstruir as investigações relacionadas à trama golpista. A delação premiada de Cid aponta que Braga Netto teria entregue dinheiro para financiar acampamentos e ações, incluindo um suposto plano para atentar contra a vida do ministro Alexandre de Moraes.
