O ex-presidente Jair Bolsonaro passou por uma cirurgia para remoção de lesões de pele em um hospital de Brasília no último domingo. A equipe médica do DF Star realizou a exérese cirúrgica, procedimento para retirar pintas e lesões cutâneas, e o material foi encaminhado para análise. A preocupação é investigar a possibilidade de um câncer de pele.
Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar, obteve autorização do ministro Alexandre de Moraes, do STF, para realizar o procedimento. O pedido foi acompanhado de um relatório médico que indicava a necessidade de remoção de lesões de nevo melanocítico do tronco e neoplasia de comportamento incerto da pele.
De acordo com a dermatologista Paula Yume, lesões de nevo melanocítico podem ser pintas comuns, mas levantam suspeita quando apresentam alterações. Já a neoplasia de comportamento incerto exige biópsia para determinar se é benigna ou maligna. A principal preocupação é descartar melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele.
Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, informou em vídeo divulgado pelo senador Magno Malta que “retiraram sete pedaços profundos de pele dele para ver a possibilidade de um câncer ali”. O parlamentar também mencionou outros problemas de saúde enfrentados pelo pai, como vômitos e soluços constantes.
O boletim médico indicou que foram retiradas oito lesões do tronco e do braço direito de Bolsonaro. O resultado da biópsia, que deve sair nos próximos dias, determinará a necessidade de tratamentos complementares. Os exames também revelaram imagens residuais de pneumonia recente por broncoaspiração, o que exigirá tratamento para refluxo.
Especialistas enfatizam a importância da detecção precoce do câncer de pele, que apresenta altas taxas de cura. Medidas de prevenção incluem o uso diário de protetor solar, evitar a exposição solar entre 10h e 16h, realizar consultas anuais com dermatologista e procurar atendimento médico em caso de alterações em pintas.
