Bolsonaro Recebe Alta Hospitalar em Brasília Após Tratamento de Anemia e Complicações Pulmonares

O ex-presidente Jair Bolsonaro deixou o Hospital DF Star, em Brasília, neste domingo (14), após uma internação para exames e procedimentos dermatológicos. A alta foi concedida mediante a um boletim médico que apontou um quadro de anemia ferropriva e resquícios de uma pneumonia recente. A situação de saúde do ex-presidente ocorre em meio ao cumprimento de prisão domiciliar.

Durante a internação, Bolsonaro passou por uma intervenção para a remoção de oito lesões de pele, realizada sob anestesia local e sedação. O procedimento, segundo informações do hospital, transcorreu sem maiores complicações. As lesões estavam localizadas no tronco e no braço direito do ex-presidente, que também recebeu suplementação de ferro intravenosa.

Ainda de acordo com o boletim médico, a tomografia torácica revelou uma “imagem residual de pneumonia recente por broncoaspiração”. Além disso, Bolsonaro seguirá com o tratamento contínuo para hipertensão arterial e refluxo gastroesofágico, bem como medidas preventivas para evitar novas broncoaspirações.

A visita ao hospital marcou a primeira saída de Bolsonaro desde que foi determinada sua prisão domiciliar pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A autorização para o deslocamento foi concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, em função da necessidade dos procedimentos médicos. A presença do ex-presidente no hospital mobilizou um forte esquema de segurança, com escolta policial e inspeção rigorosa.

O filho do ex-presidente, o vereador Carlos Bolsonaro, criticou o aparato de segurança montado para a ocasião. “Homens fardados e armados vigiam como se um senhor de 70 anos pudesse fugir por uma janela, assim como fazem em sua prisão domiciliar”, escreveu Carlos em sua conta na rede social X, demonstrando seu descontentamento.

O laudo médico detalhou que uma das lesões removidas era uma pinta benigna, enquanto outra será submetida a biópsia para diagnóstico. A defesa de Bolsonaro tem um prazo de 48 horas para apresentar o atestado médico ao STF. A equipe jurídica do ex-presidente deve utilizar a fragilidade da condição médica de Bolsonaro para reforçar o pedido de manutenção do regime domiciliar.