A possível filiação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ao PL para uma candidatura presidencial em 2026, gerou ondas de apreensão no clã Bolsonaro. Eduardo Bolsonaro, mesmo à distância, nos Estados Unidos, sinalizou que a família pode rever sua permanência no partido. A declaração acende um alerta sobre o futuro da aliança política.
“De fato é algo que a gente pensa (sair do PL, se Tarcísio vier). Porque, da maneira que as coisas estão caminhando, existe um direcionamento para apagar a família Bolsonaro do cenário político”, revelou o deputado federal, expressando o receio de um possível esvaziamento da influência bolsonarista. A insatisfação paira sobre o direcionamento que o partido poderá tomar sob uma eventual liderança de Tarcísio.
As críticas de Eduardo Bolsonaro não se limitam à filiação. Ele questiona a suposta presença de figuras ligadas à esquerda no governo paulista. “Qual é o secretário bolsonarista que existe no governo Tarcísio? Não tem. Mas tem pessoas ali que são ligadas ao PSOL”, acusou, evidenciando uma crescente desconfiança em relação à gestão de Tarcísio de Freitas.
Em contrapartida, o deputado ameniza o tom ao reconhecer as qualidades do governador. “Não estou criticando o Tarcísio. É uma pessoa de caráter íntegro, que não está metida em corrupção, um excelente gestor”, ponderou. Contudo, reforça a necessidade de um candidato alinhado à direita para representar seus valores.
A incerteza paira sobre o futuro da família Bolsonaro no PL. A possível candidatura de Tarcísio de Freitas à presidência, juntamente com as críticas à sua equipe, criaram uma situação delicada que pode levar a uma ruptura. O desfecho dessa história promete impactar o cenário político nacional.
