Após o voto do ministro Luiz Fux no Supremo Tribunal Federal (STF) em processo que investiga Jair Bolsonaro, a oposição articula uma estratégia de defesa multifacetada. O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Coronel Luciano Zucco (PL-RS), anunciou que estuda impetrar um habeas corpus em favor do ex-presidente. A alegação é que o voto de Fux abre a possibilidade de questionar a competência do STF no caso, visando a anulação do processo.
A investida da oposição não se limita à esfera judicial. Paralelamente, há uma crescente pressão sobre o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que paute um projeto de anistia. A proposta busca conceder perdão a Bolsonaro e aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. Embora Motta tenha demonstrado hesitação no passado, a discussão sobre o tema no plenário agora é uma possibilidade em aberto.
Contudo, mesmo que a anistia obtenha aprovação na Câmara, o caminho até sua efetivação ainda é longo e incerto. A proposta enfrentaria forte resistência no Senado, onde a oposição não detém a mesma força. “Estamos avaliando todas as opções para garantir a defesa do presidente Bolsonaro”, declarou Zucco, sinalizando a determinação da oposição em reverter o cenário desfavorável.
O desfecho desse embate terá implicações profundas no cenário político brasileiro. O sucesso das estratégias da oposição não apenas impactaria o futuro político de Bolsonaro, mas também poderia estabelecer novos precedentes legais. A possibilidade de Bolsonaro concorrer à presidência em 2026 é um dos principais objetivos dos seus aliados.