Bolsonaro 2026? Anistia e Estratégias no TSE Acendem Debate Sobre Elegibilidade

O cenário político para 2026 ganha contornos complexos, com manobras que podem pavimentar o caminho para Jair Bolsonaro, atualmente inelegível, disputar a presidência. Duas frentes se destacam: a articulação na Câmara dos Deputados para aprovar uma anistia a condenados por atos golpistas e a estratégia do Partido Liberal (PL) de influenciar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O partido aposta na futura presidência do ministro Kássio Nunes Marques, indicado por Bolsonaro, no TSE, a partir de agosto de 2026.

Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, expressou otimismo quanto às chances de Bolsonaro ser candidato, mesmo com as condenações eleitorais. A estratégia central reside na revisão da inelegibilidade do ex-presidente, aproveitando a mudança na presidência do TSE. “O presidente que cassou a possibilidade de o Bolsonaro ser candidato, do TSE, era o Alexandre de Moraes. O presidente no ano que vem será o Kássio Nunes. Nós vamos pedir para que seja revista essa decisão”, declarou Costa Neto.

A Câmara dos Deputados também se tornou palco de movimentações cruciais. A aprovação da urgência para o projeto de anistia, com expressivos 311 votos favoráveis, sinaliza um trâmite acelerado da proposta. O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) foi designado relator, figura que transita bem entre diferentes correntes políticas e possui interlocução com membros do Judiciário, inclusive com o ministro Alexandre de Moraes.

Ainda que a expectativa seja de um perdão parcial, com redução de penas como forma de “pacificar o país”, a anistia representa um passo significativo. A conjugação dessa possível anistia com a estratégia do PL no TSE redefine o tabuleiro político e alimenta o debate sobre a elegibilidade de Bolsonaro em 2026. O desfecho dessas articulações promete impactar profundamente as próximas eleições presidenciais.