Bienal de São Paulo 2025: Uma Imersão na Humanidade e na Arte Contemporânea

A Bienal de São Paulo abre suas portas ao público neste sábado, 6 de setembro, no icônico Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera. Inspirada no poema “Da Calma e do Silêncio” da renomada poeta afro-brasileira Conceição Evaristo, a mostra busca provocar reflexões profundas sobre a condição humana através da arte. Com entrada franca, a exposição se estenderá até 11 de janeiro, marcando a edição mais longa da história da Bienal.

Andrea Pinheiro, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, destaca o objetivo de atrair um público ainda maior, aproveitando o período das férias escolares. A expectativa é que a extensão do período expositivo proporcione mais oportunidades para que pessoas de todas as idades possam vivenciar a riqueza e a diversidade da arte contemporânea.

A Bienal deste ano reúne 125 artistas e coletivos, consolidando-se como o maior evento de arte contemporânea do Hemisfério Sul. Nas edições anteriores, a Bienal atraiu mais de 700 mil visitantes, demonstrando seu impacto e relevância no cenário artístico internacional. A programação, inteiramente gratuita, visa democratizar o acesso à cultura e promover o encontro entre artistas e público.

Sob o tema “Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática”, a Bienal propõe uma reflexão sobre os rumos da humanidade, conforme explicou o curador geral Bonaventure Soh Bejeng Ndikung. “O poema de Conceição Evaristo nos faz questionar essa estrada em que a humanidade está viajando”, afirma Ndikung, ressaltando a importância de repensar caminhos em um mundo marcado por conflitos e desigualdades.

A mostra se estrutura em torno de seis capítulos distintos, explorando temas como migração, resistência, cosmologias plurais e a beleza como ato de resistência. A equipe curatorial, composta por Alya Sebti, Anna Roberta Goetz, Thiago de Paula Souza, Keyna Eleison e Henriette Gallus, buscou inspiração nos fluxos migratórios das aves, que carregam memórias e experiências ao cruzar fronteiras.

Um dos destaques da Bienal é o projeto “Aparições”, que utiliza recursos de realidade aumentada para expandir a experiência artística para além do espaço físico do pavilhão. Através de um aplicativo, os visitantes poderão interagir com obras em locais como o Parque Ibirapuera, a fronteira entre México e Estados Unidos e às margens do Rio Congo. Mais informações sobre a Bienal e sua programação completa estão disponíveis no site oficial do evento.