A gigante de mineração BHP foi considerada responsável na justiça do Reino Unido pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), ocorrido em 2015. A decisão judicial, vista como um marco histórico, abre a possibilidade de que milhares de vítimas recebam indenizações pelos danos causados pelo desastre. A lama tóxica devastou comunidades, rios e ecossistemas, gerando um impacto social e ambiental de proporções catastróficas.
Contudo, a batalha legal está longe de terminar. A BHP Billiton já anunciou que pretende recorrer da decisão, prolongando a angústia das vítimas e a incerteza sobre o futuro das compensações. “Estamos desapontados com a decisão e vamos considerar todas as opções, incluindo um recurso”, afirmou um porta-voz da empresa, em comunicado oficial. A companhia argumenta que já contribuiu significativamente para a reparação dos danos.
A ação judicial, movida por um grupo de atingidos, busca garantir uma compensação justa e abrangente para todos aqueles que sofreram perdas decorrentes do desastre. A decisão britânica representa um importante precedente, fortalecendo a posição das vítimas na busca por justiça. O processo ainda enfrenta desafios complexos, incluindo a determinação do valor total das indenizações e a distribuição equitativa dos recursos.
Enquanto a BHP questiona a decisão, as vítimas do desastre de Mariana depositam esperanças na justiça britânica. A responsabilização da empresa na Inglaterra pode acelerar o processo de reparação e garantir que a tragédia não fique impune. A luta por justiça continua, com o objetivo de que os responsáveis sejam responsabilizados e as vítimas recebam a compensação que merecem, minimizando os impactos da maior catástrofe ambiental da história do Brasil.
A decisão da justiça britânica, embora passível de recurso, representa um avanço significativo na busca por responsabilização e justiça para as vítimas da tragédia de Mariana. O caso continua a ser acompanhado de perto por organizações ambientais, movimentos sociais e pela comunidade internacional, que cobram medidas efetivas para evitar que desastres semelhantes se repitam.



