Com a transição na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro manifestam o desejo de que a corte adote uma postura mais focada em questões jurídicas e menos influenciada por aspectos políticos. A esperança surge com a saída de Luís Roberto Barroso e a posse de Edson Fachin, cujo perfil é considerado mais discreto. A mudança reacende o debate sobre o papel do STF e suas decisões recentes.
Deputados da base bolsonarista expressaram o anseio de que o STF retorne à sua função primordial de guardião da Constituição. Evair de Melo (PP-ES) declarou: “Espero que eles voltem para a razão do STF existir. Constitucionalidade e pare nisso”. A judicialização constante de pautas tem gerado críticas e expectativas de uma atuação mais técnica por parte da corte.
Coronel Zucco (PL-RS), líder da oposição, reforçou o coro por um STF que “faça justiça e não política”. Contudo, nem todos compartilham do mesmo otimismo. Alguns aliados de Bolsonaro mostram-se céticos quanto a mudanças significativas no tribunal, mesmo com a troca na presidência.
Rodrigo Valadares (União-SE) resumiu o sentimento de desconfiança: “A gente não espera que tenha alguma mudança no tribunal, não. Sai Barroso, entra Fachin, não muda nada no meu entender”. A declaração reflete uma percepção de que as decisões da corte, especialmente em relação a temas sensíveis, manterão a mesma linha, independentemente da mudança de comando.



