Um expressivo número de manifestantes tomou a Avenida Paulista neste domingo, em um ato convocado pela esquerda para protestar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem e o projeto de anistia a condenados por tentativa de golpe de Estado. De acordo com levantamento do Monitor do Debate Político do Cebrap e da ONG More in Common, a manifestação reuniu 42,4 mil pessoas.
O número é notavelmente similar ao registrado em 7 de setembro de 2025, durante manifestação pró-anistia convocada pelo pastor Silas Malafaia, que atraiu 42,2 mil participantes. A mobilização demonstra a persistência da polarização política no país e a atenção da sociedade em relação a temas como a responsabilização por atos golpistas e a integridade das instituições.
O ato deste domingo também representou um crescimento na participação de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro nas ruas, após a imposição de medidas cautelares contra ele. Em junho, uma manifestação em apoio ao ex-presidente atraiu apenas 12,4 mil pessoas à Avenida Paulista. A última manifestação da esquerda, também em 7 de setembro, havia reunido 8,8 mil pessoas.
O levantamento do público presente na manifestação contra a PEC da Blindagem e o PL da Anistia possui uma margem de erro de 12%. No momento de pico, a estimativa é que o número de participantes tenha variado entre 37,3 mil e 47,5 mil pessoas. A contagem foi realizada através da análise de fotos aéreas utilizando software de inteligência artificial.
“A política tem que traduzir o que de fato incomoda a maioria da população”, afirmou Edinho Silva sobre a manifestação, ressaltando a importância de que as instituições estejam atentas às demandas da sociedade. Aliados do governo Lula também veem os atos contra a anistia e a PEC da Blindagem como um fator de pressão sobre o Congresso Nacional.
