Eweline Passos Rodrigues, conhecida como Diaba Loira, emergiu em um vídeo nas redes sociais pouco antes de sua morte, comparando o tratamento recebido em uma facção rival com a nova organização criminosa que integrava. Na gravação, a traficante expressa satisfação com sua decisão de mudar de lado no submundo do crime, destacando a suposta diferença no tratamento.
“Não tô arrependida em momento algum… acho que foi a melhor atitude que eu tomei”, afirmou Diaba Loira no vídeo. Ela enfatizou a união e o acolhimento na nova facção, contrastando com a experiência anterior. A fala de Eweline oferece uma visão intrigante sobre as dinâmicas internas do crime organizado no Rio de Janeiro, onde lealdades são frequentemente testadas e alianças são voláteis.
A trajetória de Eweline é marcada por escolhas arriscadas. Originária de uma família de classe média no Sul do país, ela trocou uma vida convencional pelo tráfico no Rio. Inicialmente ligada ao Comando Vermelho, Diaba Loira ganhou notoriedade ao exibir armamento pesado e ostentar um estilo de vida violento nas redes sociais.
No entanto, a mudança de facção cobrou um preço alto. A mãe de Eweline foi assassinada em julho, em um crime possivelmente ligado a disputas entre grupos rivais. Pouco depois, a própria Diaba Loira foi executada com tiros na cabeça e no peito, em circunstâncias que ainda estão sendo investigadas pelas autoridades.
O Governo do Rio de Janeiro, em um vídeo sobre a vida da criminosa, enfatizou o destino trágico de muitos que se envolvem com o crime. “No crime não existe final feliz. Só prisão… ou morte”, conclui o vídeo, servindo como um alerta sombrio sobre as consequências da vida no submundo do tráfico.