Após ‘La Casa de Papel’, Netflix Aposta em ‘O Refúgio Atômico’ para Conquistar o Mundo

A Netflix, impulsionada pelo sucesso global de ‘La Casa de Papel’, lança nesta sexta-feira (19) sua mais recente produção espanhola, ‘O Refúgio Atômico’. Produzida nos grandes estúdios da plataforma perto de Madri, a série busca repetir o triunfo mundial da produção anterior, combinando técnicas tradicionais com tecnologia de ponta. Os cartazes dos sucessos espanhóis da Netflix estampam as fachadas dos estúdios, sinalizando a ambição da empresa em manter sua relevância global.

No lugar do cenário da Fábrica Nacional de Moeda, palco do famoso assalto de ‘La Casa de Papel’, surge agora um gigantesco bunker subterrâneo. A nova produção, ‘O Refúgio Atômico’, apresenta um refúgio luxuoso com salas de ginástica, jardim zen e restaurante sofisticado. A série é mais um projeto da dupla Álex Pina e Esther Martínez Lobato, os cérebros por trás de ‘La Casa de Papel’, ‘Sky Rojo’ e ‘Berlim’.

A internacionalização do conteúdo espanhol tem sido um dos pilares do sucesso da Netflix. Segundo Álex Pina, a chave está em manter as particularidades e raízes geográficas das histórias. “Sempre fico surpreso que uma história local exótica possa ser, ao mesmo tempo, universal”, afirma Pina, destacando que não houve necessidade de alterar a essência das séries para o público estrangeiro.

Desde 2017, a Netflix produziu cerca de 1.000 filmes e séries na Espanha, consolidando seus estúdios nos arredores de Madri como um dos principais centros de criação audiovisual na Europa. O investimento em tecnologia de ponta é evidente, com o uso de telas digitais gigantes que simulam diversos ambientes, permitindo reduzir a distância entre o cinema espanhol e produções internacionais.

“Esse tipo de tecnologia nos permite reduzir a distância entre o cinema espanhol ou europeu e outros cinemas, como o americano”, explica Migue Amoedo, diretor artístico visual de ‘O Refúgio Atômico’. A série, filmada em grande parte em cenários internos, demonstra o potencial da Netflix em oferecer uma “narrativa local” para um “público mundial”, como ressalta Vítor Martí, responsável pela produção no centro madrilenho.