Alcolumbre e Pacheco sinalizam união em jantar após tensões sobre indicação ao STF

Em meio a rumores de um possível distanciamento, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e seu antecessor, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), buscaram dissipar especulações com um jantar em Brasília na noite de quinta-feira. O gesto foi interpretado como uma demonstração pública de harmonia, especialmente após relatos de incômodo nos bastidores.

A especulação ganhou força após aliados do ministro Jorge Messias ventilarem um suposto “rompimento” entre os senadores. A situação se intensificou com o silêncio de Alcolumbre em relação às tentativas de Messias de agendar uma reunião. O ministro, indicado por Lula ao STF, busca o aval do Senado, cuja votação é pautada por Alcolumbre.

Diante da dificuldade em obter uma resposta, Messias enviou uma carta a Alcolumbre na segunda-feira, buscando acalmar os ânimos. No texto, ele exaltou o “relevante papel” do senador e relembrou o apoio recebido em sua trajetória. Contudo, Alcolumbre manteve o silêncio ao ser questionado sobre a possibilidade de se encontrar com Messias ou com o presidente Lula.

O impasse ocorre após uma derrota significativa do governo no Congresso, com a derrubada de 53 vetos à lei de licenciamento ambiental. O Planalto avalia recorrer ao STF. Messias também busca uma audiência com Rodrigo Pacheco, mas, até o momento, não obteve confirmação, alimentando rumores de “desconforto” entre ambos.

A sabatina de Jorge Messias foi agendada por Alcolumbre para 10 de dezembro, concedendo um curto período para o ministro buscar apoio entre os senadores. Segundo parlamentares, o clima é de incerteza quanto à aprovação, e o breve intervalo é visto como uma possível tentativa de dificultar o processo.