Alckmin Acredita em Acordo Mercosul-UE e Anuncia Incentivos à Economia Verde na COP30

O vice-presidente Geraldo Alckmin manifestou otimismo em relação ao acordo entre Mercosul e União Europeia, durante sua participação na COP30 em Belém. Ele afirmou que o tratado, se concretizado, será o maior do mundo e fortalecerá o multilateralismo. Alckmin também destacou os avanços na diplomacia comercial, com foco na redução de barreiras para produtos brasileiros, incluindo os da Amazônia.

Alckmin citou a diminuição de tarifas para produtos como suco de laranja, visando aumentar a competitividade das exportações brasileiras. Ele ressaltou o compromisso do governo em impulsionar a sustentabilidade e fortalecer a economia verde no Brasil. Durante o evento, foram anunciadas medidas estratégicas com impacto significativo no setor industrial e no comércio internacional de produtos amazônicos.

Dentre as principais iniciativas, destaca-se a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros sustentáveis. Essa medida abrange veículos flex que atendam a um limite máximo de emissão de 80 gramas de CO2 por quilômetro rodado. O governo também pretende incentivar a produção de carros altamente recicláveis, alinhando-se à agenda de descarbonização da economia brasileira.

No âmbito da bioeconomia, Alckmin enfatizou o compromisso do Brasil em industrializar produtos amazônicos como açaí e cupuaçu. O vice-presidente ressaltou a importância de fortalecer a produção e exportação de itens da região Norte, com potencial para impulsionar a economia local e gerar empregos sustentáveis. A Plataforma Recircula Brasil, que rastreia e certifica a circularidade de materiais reciclados, foi destacada como exemplo.

Segundo Alckmin, o programa Recircula Brasil foi citado pela ONU como um exemplo de economia circular. “A reciclagem tem importância ambiental, socioeconômica e econômica”, afirmou o vice-presidente. A ferramenta, que já rastreou e certificou cerca de 50 mil toneladas de plástico reciclado em um ano e meio, será expandida para incluir novas cadeias industriais, como alumínio, vidro, papel e tecidos.