Ações dos EUA no Pacífico Resultam em 83 Mortes em Operações Antidrogas Controvertidas

O Comando Sul dos Estados Unidos (SOUTHCOM) anunciou mais um ataque em águas internacionais do Oceano Pacífico, elevando o número de mortos para 83 em operações iniciadas em setembro. Desta vez, três indivíduos foram mortos sob a alegação de envolvimento com o narcotráfico. A escalada das ações americanas na região levanta questionamentos sobre a proporcionalidade e a transparência das operações.

Desde o início da campanha, com o envio de navios de guerra ao Mar do Caribe, as forças americanas intensificaram sua atuação no combate ao tráfico de drogas. No entanto, o governo dos EUA ainda não apresentou evidências concretas que sustentem as acusações contra as vítimas dos ataques, em mais de 20 operações em mar aberto, tanto no Caribe quanto no Pacífico.

O SOUTHCOM declarou que “as informações confirmaram que o bote estava envolvido no contrabando ilegal de entorpecentes”. A falta de transparência e a ausência de provas concretas geram críticas e levantam dúvidas sobre a legitimidade das ações americanas.

Em meio a esse cenário, o presidente venezuelano Nicolás Maduro classificou como “irresponsáveis” os exercícios militares conjuntos anunciados por Washington com Trinidad e Tobago. A relação tensa entre os EUA e a Venezuela, com os Estados Unidos oferecendo uma recompensa de US$ 50 milhões pela captura de Maduro, acusado de liderar um cartel de narcotráfico, adiciona complexidade ao contexto regional.

O grupo de ataque do porta-aviões USS Gerald R. Ford, atualmente no Mar do Caribe, segue as “ordens de Trump de desmantelar as organizações criminosas transnacionais e combater o narcoterrorismo em defesa da pátria”, segundo o Comando Sul. A continuidade dessas operações e a falta de clareza sobre seus critérios e resultados mantêm a controvérsia em torno da atuação militar dos EUA na região.