Michelle Bolsonaro Defende Operação Polêmica no Rio e Ataca Lula por ‘Conivência’ com o Tráfico

Michelle Bolsonaro, presidente do PL Mulher, tomou posição em defesa da megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, que resultou em um saldo de 121 mortos e 113 presos. Em nota divulgada nesta quinta-feira (30), a ex-primeira-dama criticou duramente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acusando-o de ser “cúmplice da dor e da destruição que o tráfico espalha”. A crítica se baseia na afirmação de Lula de que “traficantes são vítimas de usuários”.

No manifesto intitulado “As mães e a (in)segurança pública”, o grupo liderado por Michelle Bolsonaro intensificou as críticas, inserindo Lula em um suposto “Trio da Destruição”, ao lado dos presidentes Nicolás Maduro, da Venezuela, e Gustavo Petro, da Colômbia. De acordo com o texto, essa aliança “atua incansavelmente para favorecer traficantes, inclusive recusando-se a classificá-los como narcoterroristas”.

A nota, que menciona o nome de Lula oito vezes, estabelece uma conexão entre os governos petistas e o aumento da criminalidade, além da suposta falta de apoio às forças de segurança. Um trecho destaca: “A Polícia Federal, sempre ágil para prender idosas e mulheres manifestantes do 8 de janeiro, recusou-se a combater traficantes em apoio às polícias civil e militar do Rio”.

Ademais, o texto questiona o silêncio do presidente Lula diante das mortes de policiais durante a operação. “A sociedade ouve o silêncio ensurdecedor do presidente, incapaz de consolar familiares de policiais mortos ou homenagear heróis caídos no combate ao narcotráfico”, afirma a nota, intensificando a polarização em torno do tema.

A megaoperação em questão é considerada a mais letal da história do estado do Rio de Janeiro. A Polícia Civil informou que o objetivo da ação era desarticular o alto comando do Comando Vermelho (CV), porém, o resultado foi um dos maiores e mais violentos confrontos já registrados na região.