O presidente nacional do PT, Edinho Silva, defendeu neste sábado (23) que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, seja um dos principais nomes do partido nas eleições de 2026 em São Paulo. A declaração surge como estratégia para fortalecer o palanque do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve tentar a reeleição. Edinho enfatizou a importância de ter lideranças fortes em posições estratégicas no estado.
Embora Haddad já tenha manifestado desinteresse em concorrer, a cúpula do PT vislumbra a possibilidade de sua candidatura ao governo paulista ou ao Senado. Integrantes do partido acreditam que sua participação seria crucial para impulsionar a campanha de Lula no estado, considerado um dos mais importantes do país. Edinho Silva ressaltou que “nossas principais lideranças terão que cumprir papel eleitoral. Nossas lideranças sabem disso”.
A estratégia do PT não se limita apenas à candidatura de Haddad. Edinho Silva articula a construção de um palanque robusto em São Paulo, considerando inclusive a possibilidade de o vice-presidente Geraldo Alckmin disputar o governo estadual, o que abriria caminho para Haddad concorrer ao Senado. Essa movimentação demonstra o esforço do partido em consolidar uma base forte no estado para as eleições de 2026.
Além das articulações internas, o PT busca ampliar sua frente de alianças. A ideia é fortalecer a federação com o PCdoB e o PV, além de dialogar com outros partidos, inclusive do Centrão, em busca de apoio à reeleição de Lula. Edinho Silva explicou que o partido pretende dialogar com lideranças importantes “para que reflitam sobre possíveis contradições criadas por seus dirigentes partidários”.
Edinho também destacou que o presidente Lula terá um papel fundamental nas negociações de alianças e candidaturas. “É impossível o candidato [à presidência] não participar da discussão da construção das alianças”, afirmou. Ele enfatizou que, quando os cenários estiverem definidos, a decisão final passará pelo crivo do presidente.