Recentemente, as forças militares dos EUA intensificaram suas ações navais perto da costa venezuelana, alegando combater o tráfico de drogas com destino aos Estados Unidos. No entanto, a falta de transparência em torno dessas operações levanta sérias questões sobre as reais intenções de Washington. Os incidentes envolvem o uso de força letal, sem esclarecimentos sobre tentativas de prisão ou legítima defesa, gerando dúvidas sobre a legalidade e proporcionalidade das ações.
Observadores apontam que a movimentação de tropas e os ataques marítimos sugerem um objetivo maior: a derrubada do regime de Nicolás Maduro. A estratégia parece envolver a provocação de uma reação venezuelana, que serviria como pretexto para uma escalada militar mais ampla. A administração Trump, ao que tudo indica, busca desestabilizar o governo Maduro por meio de pressão militar.
Apesar das tensões, uma invasão terrestre em grande escala parece improvável. Em vez disso, os EUA devem optar por ataques aéreos e navais seletivos, visando enfraquecer o regime e fomentar dissidências internas. A esperança é que o caos resultante facilite uma ruptura interna que leve à queda de Maduro.
Especialistas traçam paralelos com a estratégia frustrada no Irã, onde a pressão não foi suficiente para derrubar o regime teocrático. No entanto, argumentam que a Venezuela apresenta um cenário mais favorável para os EUA, devido à sua fragilidade econômica, desorganização interna e à ausência de apoio robusto de potências como Rússia e China. Diante desse quadro, o futuro de Maduro parece incerto.


