Laranjal do Jari, no sul do Amapá, mergulhou em um clima de terror e apreensão após o brutal assassinato do policial civil Mayson Viana de Freitas, de 38 anos. O crime ocorreu dentro da delegacia na última sexta-feira (22), quando Lucas de Souza Nonato, durante sua apresentação, tomou a arma do agente e o baleou fatalmente na frente de seus colegas.
A tragédia escalou rapidamente. Após o homicídio, Lucas invadiu uma residência e manteve uma família refém por angustiantes 17 horas, estendendo o pânico pela cidade. Durante o sequestro, o criminoso exibiu total falta de pudor ao realizar transmissões ao vivo nas redes sociais, provocando as autoridades e a população.
Em um dos vídeos, Lucas declarou: “Vocês podem me chamar de bandido, de vagabundo… Mas essa é a vida. O ser humano sempre vai olhar para o defeito. Para a sociedade, bandido bom é bandido morto.” A tensão só diminuiu com a libertação da filha de 10 anos e, posteriormente, da mãe, após longas negociações.
O sequestrador se rendeu somente após intensas negociações que incluíram exigências como um colete à prova de balas e contato com sua família. A área foi cercada por equipes da Polícia Militar, CORE e Grupo Tático Aéreo, que trabalharam para evitar um desfecho ainda mais trágico.
O delegado-geral Cezar Vieira classificou o episódio como “uma resposta criminosa sem precedentes”, enfatizando o compromisso da polícia em enfrentar as consequências do crime. A morte de Mayson Viana, policial desde 2018 e que deixa a esposa grávida de cinco meses, gerou grande comoção em todo o estado, expondo a ousadia e a violência de criminosos que desafiam o Estado.
