Laranjal do Jari, Amapá, vive momentos de alta tensão. Lucas de Sousa Nonato, acusado de assassinar o policial civil Mayson Viana de Freitas, de 38 anos, mantém uma mulher e uma criança como reféns há mais de 15 horas. Em uma transmissão ao vivo chocante, realizada neste sábado (23), o suspeito declarou que não sobreviverá ao dia.
O crime que deflagrou a crise ocorreu na sexta-feira (22), quando Lucas, após ser preso, tomou a arma de Mayson Viana na delegacia e o baleou. O policial, membro da Polícia Civil desde 2018, não resistiu aos ferimentos e morreu no local. A morte do agente já havia deixado a população local em estado de choque.
Durante a transmissão ao vivo, Lucas expressou frustração e amargura com a forma como a sociedade o julga devido a seus antecedentes criminais. “Vocês vão me ver morto hoje mesmo. É muito difícil a sociedade me ver como ser humano só porque tenho passagem criminal. Para a sociedade, bandido bom é bandido morto”, desabafou o suspeito, em um trecho da live.
O sequestro agrava ainda mais o clima de instabilidade em Laranjal do Jari, já impactada pelo homicídio do policial. As autoridades locais informaram que estão monitorando a situação de perto, com equipes especializadas em negociação buscando uma solução pacífica para a libertação dos reféns e a rendição do suspeito.
