O caso de Sarah Picolotto dos Santos Grego, a jovem de 20 anos encontrada morta em Ubatuba, ganha contornos ainda mais dramáticos. Antes de ser assassinada, Sarah fez um contato desesperado com a família, revelando seu desejo de retornar para Jundiaí, onde residiam. No dia dos pais, ela telefonou, pedindo dinheiro para custear a viagem de volta.
De acordo com um primo da vítima, a ligação transmitia aflição, mas foi abruptamente interrompida, impossibilitando o contato posterior. A família tentou obter a localização de Sarah, sem sucesso. O primo relatou o desespero do pai, Leonardo: “Aí o Leonardo, pai dela, falou: ‘estou mandando o Felipe buscar você aí’… no meio da ligação, que ela ia passar a localização dela para a gente… a ligação caiu e logo na sequência já não conseguimos mais contato com ela”.
Sarah estava desaparecida desde 9 de agosto, e seu corpo foi encontrado em 15 de agosto, em uma área de mata perto de uma cachoeira no bairro Rio Escuro. O avançado estado de decomposição impossibilitou a realização de um velório. Alessandro Neves dos Santos, de 24 anos, chegou a confessar o crime, alegando ter estrangulado Sarah após uma discussão e ocultado o corpo na vegetação.
Apesar da confissão, Alessandro foi inicialmente liberado, gerando indignação e um recurso do Ministério Público. A Justiça decretou sua prisão temporária por 30 dias, mas ele permanece foragido. A Polícia Civil de Ubatuba também apura a denúncia de estupro coletivo, após a divulgação de um vídeo em que Sarah aparece com vários homens.
Testemunhas relatam que Sarah teria sido vítima de abusos por parte de outros cinco homens antes de ser morta. Um vídeo obtido pelo portal Bacci Notícias mostra a jovem momentos antes do crime, reforçando a suspeita de violência sexual. Exames complementares, incluindo necroscópicos, toxicológicos e sexológicos, estão sendo realizados para confirmar a causa da morte e a ocorrência de crimes sexuais. As investigações prosseguem sob sigilo, com depoimentos e análise de provas.