Fernando Sabag Montiel, brasileiro de 38 anos, foi sentenciado a dez anos de prisão nesta quarta-feira (8) pela tentativa de assassinato contra a então vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, em 2022. O ataque ocorreu em frente à residência de Kirchner, no bairro da Recoleta, enquanto ela saudava seus apoiadores. O momento foi registrado em vídeo e chocou o país.
Durante o atentado, Montiel apontou uma pistola calibre .32 para a cabeça de Cristina Kirchner e tentou disparar, mas a arma falhou. Agentes federais que faziam a segurança da vice-presidente o detiveram imediatamente. A sentença também inclui uma pena anterior de quatro anos e três meses por posse e distribuição de material de abuso sexual infantil, elevando a pena total para 14 anos de prisão.
Além de Montiel, sua ex-namorada, Brenda Uliarte, de 26 anos, foi condenada a oito anos de prisão por participação no crime. Nicolás Carrizo, um terceiro acusado, foi absolvido. Durante o julgamento, Montiel proferiu um discurso confuso, alegando ser vítima de uma “armação política”.
Segundo o jornal *La Nación*, Montiel chegou a comparar seu caso ao do promotor argentino Alberto Nisman, que morreu em 2015 após denunciar Cristina Kirchner. Natural do Brasil, filho de mãe argentina e pai chileno, Sabag Montiel reside na Argentina desde a década de 1990. Ele já havia sido detido em 2021 por porte ilegal de faca e, segundo a imprensa local, possuía tatuagens com símbolos nazistas e ligações com grupos extremistas nas redes sociais.
