Uma nova pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira, revela um cenário de equilíbrio nas avaliações do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os índices de aprovação e desaprovação se igualaram, com 48% dos brasileiros aprovando a gestão e 49% desaprovando. Essa margem de diferença, de apenas um ponto percentual, se encontra dentro do limite de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Este empate marca um ponto de inflexão, sendo a primeira vez desde janeiro deste ano que os dois indicadores se encontram no mesmo patamar. Em retrospecto, a desaprovação superou a aprovação em grande parte de 2024, atingindo o pico em maio com uma diferença de 17 pontos percentuais (57% contra 40%). A última vez que a aprovação havia superado a desaprovação foi em dezembro do ano passado.
A pesquisa da Quaest, encomendada pela Genial Investimentos, ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 2 e 5 de outubro. A margem de confiança do levantamento é de 95%, o que garante uma representatividade significativa da opinião pública brasileira. Os resultados revelam nuances importantes quando analisados sob diferentes perspectivas.
Um dos destaques da pesquisa é a mudança no perfil de aprovação entre as mulheres, onde a aprovação (52%) voltou a superar a desaprovação (45%). Entre os católicos, a aprovação também retomou a dianteira, alcançando 54% contra 44% de desaprovação. Já entre os evangélicos, a desaprovação ao governo se mantém alta, com 63% dos entrevistados expressando essa opinião.
“A pesquisa demonstra uma polarização contínua nas opiniões sobre o governo”, comenta um analista político. A pesquisa também revelou que a aprovação do governo entre os beneficiários do Bolsa Família atingiu o maior índice do ano, chegando a 67%. Em contraste, entre aqueles que não recebem o benefício, a desaprovação prevalece, com 53%.



