STF Marca Julgamento de Militares Acusados de Planejar Atentado contra Lula e Alckmin

O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para novembro o julgamento de militares da ativa e da reserva, identificados como parte do “núcleo 3” em investigações sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A decisão foi tomada pelo ministro Flávio Dino, e as sessões da Primeira Turma da Corte ocorrerão nos dias 11, 12, 18 e 19 do próximo mês.

O grupo é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de integrar o braço operacional da trama golpista. As investigações apontam que os militares planejaram ações coercitivas e até mesmo um atentado contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin. A operação, batizada de Punhal Verde e Amarelo, visava assassinar ambos em 15 de dezembro de 2022, antes da posse.

De acordo com a denúncia, os réus responderão por crimes graves, incluindo organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Também são acusados de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Entre os acusados, destacam-se nomes como o general Estevam Gaspar de Oliveira e os coronéis Márcio Nunes de Resende Júnior, Fabrício Moreira de Bastos e Bernardo Corrêa Netto. A lista inclui ainda outros tenentes-coronéis e um agente da Polícia Federal. Em contrapartida, as defesas dos acusados negam qualquer envolvimento em planos golpistas.

Além deste julgamento, o STF também se prepara para analisar outros núcleos investigados no âmbito da tentativa de golpe. O julgamento do “núcleo 4”, acusado de disseminar desinformação, está previsto para começar em 14 de outubro. Já o “núcleo 2” ainda aguarda a conclusão da fase de alegações finais para ser levado a julgamento.