Em um desenvolvimento inesperado, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou ter mantido uma conversa telefônica considerada “muito boa” com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O diálogo, mantido em sigilo até então, teve como foco principal temas econômicos e comerciais de interesse mútuo entre Brasil e Estados Unidos.
Trump utilizou sua plataforma Truth Social para divulgar a conversa, afirmando: “Discutimos muitas coisas, mas foi principalmente focada na Economia e no Comércio entre nossos dois países. Teremos mais conversas e vamos nos encontrar em um futuro não muito distante, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Gostei da ligação. Nossos países irão muito bem juntos!”. A declaração gerou repercussão imediata nos meios políticos e econômicos.
O telefonema, com duração de aproximadamente 30 minutos, ocorreu na manhã desta segunda-feira e contou com a presença de figuras chave do governo brasileiro, incluindo o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Fazenda), Sidônio Palmeira (Secom) e o assessor especial Celso Amorim. A reunião demonstra a importância que o governo Lula atribui ao diálogo com os Estados Unidos, mesmo envolvendo uma figura política controversa como Trump.
Durante a conversa, Lula aproveitou a oportunidade para defender a remoção da sobretaxa de 40% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Além disso, o presidente brasileiro destacou a relevância histórica das relações bilaterais e estendeu um convite a Trump para participar da COP30, que será sediada em Belém, no Pará, em 2025. A participação de Trump no evento climático poderia adicionar peso político à conferência.
Visando dar continuidade às negociações com o Brasil, Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para representar os Estados Unidos nas tratativas. Adicionalmente, ambos os líderes trocaram números de telefone, estabelecendo um canal de comunicação direta. A expectativa é que Lula e Trump se encontrem pessoalmente em breve, com a Cúpula da Asean, na Malásia, sendo uma possibilidade mencionada.