A Marinha de Israel interceptou uma flotilha que se dirigia à Faixa de Gaza com ajuda humanitária nesta quarta-feira (1º), informou o Ministério das Relações Exteriores israelense. A ação ocorreu sem incidentes reportados e todos os passageiros foram detidos e estão sendo transferidos para um porto israelense, segundo comunicado oficial.
Entre os ativistas a bordo da flotilha, que contava com aproximadamente 45 embarcações, estava a ativista climática sueca Greta Thunberg. O ministério israelense chegou a publicar um vídeo nas redes sociais mostrando Greta recolhendo seus pertences, cercada por militares armados, com a legenda: “Greta e seus amigos estão bem e em segurança”.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores de Israel, a Marinha israelense ordenou que a flotilha mudasse sua rota, alegando que o grupo estava se aproximando de uma “zona de combate ativa” e violando um “bloqueio naval legítimo”. A comunicação oficial israelense reforçou a posição de que a área é considerada perigosa.
Os organizadores da flotilha, por outro lado, afirmaram que foram “cercados por navios de guerra israelenses” enquanto tentavam entregar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. A situação levanta novamente o debate sobre o bloqueio naval israelense à região e o acesso de ajuda humanitária à população palestina.
Ainda não há informações detalhadas sobre o futuro dos ativistas detidos ou sobre o destino da ajuda humanitária que estava sendo transportada. O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, ainda não se manifestou sobre a presença do ativista brasileiro Thiago Ávila na flotilha.