Brasileiros Detidos por Israel ao Tentarem Levar Ajuda Humanitária a Gaza: Quem São?

Um grupo de ativistas e políticos brasileiros foi detido por forças israelenses nesta quarta-feira (1º) enquanto tentava chegar a Gaza com ajuda humanitária. A ação gerou repercussão e levanta questões sobre a liberdade de atuação de grupos de apoio à região. O *Bacci Notícias* acompanha de perto o desenrolar da situação.

Dentre os brasileiros a bordo das embarcações interceptadas, destacam-se a vereadora de Campinas, Mariana Conti (PSol), e o ativista Thiago Ávila, figuras conhecidas em seus respectivos campos de atuação. A presidente do PSol no Rio Grande do Sul, Gabi Tolotti, também estaria na embarcação. A coalizão Freedom Flotilla Coalition (FFC) confirmou a detenção dos ativistas.

Mariana Conti, reeleita vereadora em Campinas com expressiva votação, cumpre seu terceiro mandato na Câmara Municipal. Socióloga e doutoranda em Ciência Política pela Unicamp, ela iniciou sua militância no movimento estudantil e se destaca como defensora dos direitos humanos, da diversidade sexual e do feminismo. “Minha atuação sempre foi pautada na defesa dos direitos e na justiça social”, declarou Conti em diversas ocasiões.

Thiago Ávila, ativista com ampla presença nas redes sociais, onde acumula mais de 750 mil seguidores, é membro da Freedom Flotilla Coalition (FFC). Sua atuação se estende para além da Faixa de Gaza, alcançando países como Líbano, Cuba e Bolívia, onde participa de ações humanitárias. Ele é conhecido por sua defesa dos direitos do povo palestino.

Além de Mariana Conti, Thiago Ávila e Gabi Tolotti, outros brasileiros foram identificados entre os detidos: Nicolas Calabrese, professor e coordenador da Rede Emancipa no Rio de Janeiro, Magno de Carvalho Costa e Bruno Sperb Rocha (Gilga), ambos ligados ao Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo. O grupo demonstra a diversidade de engajamento na causa palestina no Brasil.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel se manifestou nas redes sociais, informando que os passageiros foram “parados com segurança” e estão sendo levados para um porto israelense. A publicação ironizou a situação, afirmando que “Greta e seus amigos estão seguros e saudáveis”. A situação continua a ser monitorada pelas autoridades brasileiras e pela imprensa internacional.