Dinamarca Proíbe Voos de Drones em Nível Nacional Temendo Ameaças à Cúpula da UE e Segurança Militar

A Dinamarca implementará uma proibição nacional de voos de drones civis durante uma semana, visando garantir a segurança da próxima cúpula da União Europeia (UE) em Copenhague. A medida, anunciada pelo Ministério dos Transportes no domingo, surge após incidentes recentes envolvendo drones e instalações militares, elevando as preocupações com a segurança no país. A restrição estará em vigor de segunda a sexta-feira, abrangendo todo o espaço aéreo dinamarquês.

O ministro dos Transportes, Thomas Danielsen, enfatizou a prioridade da segurança durante o evento da UE. “A Dinamarca receberá líderes da UE na próxima semana e nos concentraremos particularmente na segurança. Portanto, de segunda a sexta-feira, fecharemos o espaço aéreo dinamarquês para todos os voos de drones civis”, afirmou Danielsen em comunicado oficial. A decisão reflete uma resposta direta às crescentes apreensões sobre a vulnerabilidade de infraestruturas críticas a atividades aéreas não autorizadas.

No fim de semana, o exército dinamarquês relatou a observação de múltiplos drones sobrevoando instalações militares sensíveis pelo segundo dia consecutivo. “As forças armadas confirmam que drones foram observados sobrevoando várias de suas instalações durante a noite. Vários recursos foram mobilizados”, declarou o exército em um comunicado, sinalizando a seriedade com que as autoridades estão tratando as incursões. Incidentes similares, que começaram em 22 de setembro, já haviam levado ao fechamento temporário de diversos aeroportos no país.

O governo dinamarquês insinuou um possível envolvimento russo nos incidentes com drones, embora Moscou tenha rejeitado categoricamente as acusações. Paralelamente, a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, descreveu o país como “vítima de ataques híbridos”, sugerindo uma forma de guerra não convencional. O descumprimento da proibição de voos de drones pode resultar em multas pesadas ou pena de prisão de até dois anos, conforme advertiu o Ministério dos Transportes.

O ministro da Justiça, Peter Hummelgaard, explicou que a proibição visa facilitar o trabalho da polícia e de outras autoridades, permitindo uma resposta mais eficiente a potenciais ameaças. A medida segue incidentes semelhantes na Noruega e incursões de drones em território polonês e romeno no início de setembro, indicando uma crescente preocupação regional. Em resposta, a OTAN anunciou o reforço da vigilância no Mar Báltico, com o envio de plataformas de inteligência e uma fragata de defesa aérea, conforme informou o porta-voz da Aliança, Martin O’Donnell.