O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, reiterou nesta quinta-feira a defesa pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e o fim da escala 6×1. Em entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, da EBC, Marinho enfatizou que a concretização dessas mudanças depende da aprovação do Congresso Nacional. A declaração reacende o debate sobre as condições de trabalho e a busca por maior qualidade de vida para os trabalhadores brasileiros.
Marinho destacou a necessidade de uma forte mobilização popular para que o Congresso Nacional atenda às demandas da classe trabalhadora. “Se tiver uma mobilização dirigida, com massa, com vigor, de rua, é possível que o Congresso Nacional venha atender esse clamor da classe trabalhadora”, afirmou o ministro. Ele ponderou que, sem pressão da sociedade, a atual composição do Legislativo dificilmente avançará na questão.
O ministro sugere que a solução para a questão da jornada de trabalho pode passar por acordos coletivos, desde que haja uma autorização inicial do Congresso, proibindo a escala 6×1. “Eu defendo que reduza para 40 horas semanais, saindo das 44 horas semanais. E defendo que se encontre um jeito de acabar com a escala 6×1”, explicou Marinho. A medida, segundo ele, visa garantir a manutenção da atividade econômica, ao mesmo tempo em que proporciona melhores condições de trabalho.
As declarações do ministro do Trabalho ocorrem em um momento de discussões sobre a modernização das leis trabalhistas e a busca por um equilíbrio entre as necessidades dos empregadores e os direitos dos trabalhadores. A pressão popular, conforme Marinho, pode ser determinante para o futuro da proposta no Congresso Nacional.