Anvisa Refuta Fala de Trump Sobre Relação Entre Paracetamol e Autismo

Após declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre uma possível ligação entre o uso de paracetamol durante a gravidez e o aumento de casos de autismo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um comunicado oficial nesta quarta-feira, 24. A agência brasileira assegura que não há registros de notificações de eventos adversos que confirmem essa relação no Brasil. A declaração de Trump gerou preocupação e demandou um posicionamento claro das autoridades sanitárias.

A Anvisa, em sua nota, enfatiza que todos os medicamentos comercializados no país são submetidos a rigorosos critérios técnicos e científicos para garantir sua qualidade, segurança e eficácia. Essa avaliação detalhada visa proteger a saúde da população e assegurar que os produtos disponíveis no mercado atendam aos mais altos padrões de segurança. “As normas brasileiras para registro de medicamentos seguem critérios técnicos e científicos rigorosos, que asseguram a qualidade, a segurança e a eficácia desses medicamentos”, afirma a agência.

Em consonância com a Anvisa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) também se manifestou contrária à alegação de Trump. A OMS reforça que estudos científicos robustos não encontraram nenhuma associação entre o uso de paracetamol durante a gravidez e o desenvolvimento de autismo em crianças. Essas evidências científicas sólidas são fundamentais para orientar as práticas de saúde e tranquilizar as futuras mamães.

O paracetamol é um medicamento amplamente utilizado para aliviar dores de cabeça, dores musculares, dores de dente, cólicas menstruais e para reduzir a febre. No Brasil, ele é classificado como um medicamento de baixo risco e, portanto, não exige receita médica para sua compra, conforme estabelecido na Instrução Normativa 265/2023. No entanto, a Anvisa ressalta a importância de utilizar qualquer medicamento sob orientação de profissionais de saúde, como médicos ou farmacêuticos, para garantir o uso correto e prevenir possíveis efeitos indesejados.

“Reforçamos que todo medicamento deve ser utilizado com orientação de profissionais de saúde, como médicos ou farmacêuticos, para garantir sua eficácia e prevenir efeitos indesejados”, conclui a Anvisa em seu comunicado. A agência reitera seu compromisso com a segurança e a saúde da população, mantendo um monitoramento contínuo dos medicamentos disponíveis no mercado e colaborando com agências reguladoras internacionais para fortalecer a segurança dos produtos comercializados no Brasil.