O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta quinta-feira (21) que pretende avançar com a aprovação final para uma grande operação militar na Cidade de Gaza. A decisão ocorre em paralelo à retomada de negociações com o Hamas, visando um acordo que garanta a libertação dos reféns e o fim das hostilidades, sob os termos propostos por Israel.
Netanyahu deverá dar o sinal verde para a ofensiva em uma reunião com altos funcionários de segurança. A operação em larga escala poderá ter início em poucos dias. O Hamas havia declarado no começo da semana que concordou com uma proposta de cessar-fogo mediada por países árabes, um acordo que, se aceito por Israel, poderia evitar a escalada militar.
Em preparação para a possível ofensiva, o exército israelense já iniciou contatos com oficiais médicos e organizações internacionais presentes no norte da Faixa de Gaza. O objetivo é incentivá-los a evacuar para o sul, buscando minimizar os riscos para civis e profissionais de saúde durante a operação.
Paralelamente, o exército israelense planeja convocar 60 mil reservistas e estender o serviço de outros 20 mil. Segundo informações de hospitais locais, ataques israelenses resultaram na morte de pelo menos 36 palestinos em toda Gaza nesta quinta-feira, evidenciando a escalada da violência e a urgência de um acordo.
A perspectiva de uma nova ofensiva em Gaza aumenta o temor de um agravamento da crise humanitária. Especialistas alertam para o risco de fome iminente, em um território já devastado por um conflito que causou dezenas de milhares de mortes e um elevado número de deslocados.